quarta-feira, 17 de julho de 2013

Novas regras da ABNT dão mais garantias a quem compra imóvel 
17/7/2013
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Medida facilita cobrança de responsabilidade por unidade com problemas
 

Por deficiências no projeto, Willian Faulkner convive com duas vigas enormes cortando sua sala
Foto: FOTO: Andre Coelho / Agência O Globo
Por deficiências no projeto, Willian Faulkner convive com duas vigas enormes cortando sua sala FOTO: Andre Coelho / Agência O Globo
 
BRASÍLIA — A partir desta sexta-feira, quem adquirir um imóvel na planta vai ter mais garantias de que receberá o que esperava. Entra em vigor no dia 19 a nova norma de desempenho para construção de casas e prédios, com previsões menos complicadas e mais afeitas à vida do morador. Por essas novas regras, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) indica padrões de segurança e conforto, independentemente de como será construído e de forma diferente das regras anteriores, que apontavam critérios para equipamentos e insumos da construção civil, por exemplo. A norma deverá ser uma arma a mais para proprietários e síndicos terem conhecimento do que podem cobrar — e de quem, entre fabricantes, projetistas, construtores e incorporadores —, se o imóvel for entregue com problemas.
 
Em vez de dizer qual a espessura de determinado tijolo ou composição da argamassa, como ocorria anteriormente, as novas normas para construção de casas e apartamentos vão indicar qual será o peso que determinado pilar deverá sustentar, por exemplo. Também mostrarão qual o nível de ruído que determinadas paredes e janelas deverão reter, evitando barulhos excessivos inesperados no imóvel depois de ocupado, mas sem apresentar exatamente qual deve ser o material usado para isso.

O artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) impede empresas de ofertarem produto em desacordo com as normas da ABNT. Compradores ou síndico de imóveis deverão guardar as condições prometidas pelos incorporadores e construtores (que terão suas responsabilidades mais definidas) para, no futuro, saber o que podem cobrar daquilo que foi prometido.

— A nova norma facilita a parte técnica de produção de prova. No entanto, o código já faz a proteção, sendo que a apuração da corresponsabilidade é dada entre os fornecedores pelo Código Civil, que vai depender de ação regressiva, o construtor contra o fornecedor de cimento, por exemplo — avalia o juiz Flávio Citro, coordenador do Centro de Conciliação dos Juizados Especiais Cíveis do Estado Rio.

Previsões de desempenho da construção
A escalada do setor da construção civil nos últimos anos, notadamente por causa do programa “Minha Casa Minha Vida”, não foi acompanhada no mesmo ritmo pela evolução das técnicas de edificação e da qualidade dos imóveis. Por iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) foram revistas as normas da ABNT, para evitar danos permanentes à imagem do setor. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, também destacou em palestra recente a adoção das novas normas como uma das melhorias no processo construtivo em vigor no âmbito do “Minha Casa Minha Vida”.

— As novas normas vão trazer também mais incentivos à adoção de tecnologias e economia com materiais, porque não vão ser mais como uma receita de bolo, dizendo como construir uma parede. Serão previsões de desempenho da construção, o que abre espaço a inovações — disse José Carlos Martins, vice-presidente da CBIC.

As novas normas poderiam evitar ou ao menos acelerar os questionamentos judiciais de Willian Faulkner Amorim de Carvalho, servidor público que contratou uma perícia técnica profissional para embasar seu questionamento na Justiça sobre as condições em que lhe foi entregue, no ano passado, um apartamento comprado na planta em Águas Claras, no Distrito Federal. Além do atraso na data de entrega do apartamento pela construtora MRV, segundo a perícia, foram identificados “vícios sanáveis e insanáveis no imóvel”, contou Carvalho:

— Os sanáveis eu reformei por conta própria, como consertar janelas fora do esquadro e uma bancada de pedra riscada, mas, entre os insanáveis, estão duas vigas que ficaram aparentes e atravessam a minha sala e que não existiam no projeto, nem no apartamento decorado que visitei.

A MRV Engenharia informou, por meio de nota, que, em março do ano passado, assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público, no qual obrigou-se a sanar vícios do condomínio de Carvalho. Quanto às questões estruturais, a MRV informou que “segue rigorosamente todas as normas de segurança técnica, incluindo aquelas definidas pela ABNT, e reforça que não houve excesso de vigas no empreendimento”.

A perícia que Carvalho contratou para embasar seu pedido judicial (ainda não julgado) apontou que, na maioria dos cômodos, existe uma dimensão para o pilar, outra para a viga, outra para a parede e, a partir disso, conclui haver “possível ausência de compatibilização dos projetos de arquitetura, estrutura e hidráulica, prejudicando o aspecto estético do ambiente, aliado às dificuldades de instalação de armários e móveis planejados”.

Obra de 5% a 7% mais cara
José Mendes Gonçalves Filho, colega de Carvalho, também viveu problemas similares ao chegar a seu novo imóvel em Águas Claras há dois anos. No seu prédio, porém, ninguém chegou a acionar a construtora na Justiça porque a empresa, recém-chegada ao Distrito Federal, negociou com os moradores e aceitou pagar por todos os ajustes por eles apresentados, como trocar pisos e forros de gesso em desacordo com o que foi vendido.
— Eles pintaram o prédio três vezes, trocaram jardins e resolveram infiltrações na garagem, mas entregaram o prédio há dois anos e as obras continuaram até seis meses atrás — disse Mendes.

A CBIC já elaborou um guia com orientações sobre as novas normas e deverá oferecer manuais sobre como os consumidores poderão avaliar a qualidade dos imóveis. Dentro das regras da ABNT haverá três categorias de desempenho dos imóveis, que poderão ser oferecidas como diferencial do imóvel.

Estimativas feitas pela construtora paulista Tarjab descritas na revista especializada “Téchne” indicam que, considerando-se uma obra que já atenda às normas atuais, para se enquadrar no nível superior das novas regras da ABNT seria necessário um acréscimo entre 5% e 7% no valor da obra.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/defesa-do-consumidor/novas-regras-da-abnt-dao-mais-garantias-quem-compra-imovel-9066933#ixzz2ZJTM9p00
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Fonte: O Globo - Online

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sábado, 6 de julho de 2013

DICAS SOBRE BUENOS AIRES

Buenos Aires – dicas variadas

Publicado em 26/10/2010
Algumas dicas úteis para quem visitará pela primeira vez a terra dos nossos hermanos.

Informações e Deslocamento

  • Falando devagar, os argentinos nos entendem (e a recíproca é verdadeira); melhor nem se arriscar no portunhol.
  • Assim que chegar ao aeroporto, dirija-se ao guichê de informações e peça um mapa da cidade – é gratuito e muito útil, especialmente para tirar o melhor proveito do metrô.
  • A cidade de Buenos Aires é dividida em quadras com 100 metros cada; se você está no nº 300 da Corrientes e quer ir ao nº 1.000, sabe que andará 700 metros (ou 7 quadras), o que facilita bastante a vida.
  • O metrô (subte) é velho, esquisito, mas muito eficiente e barato (1,10 peso – menos de 60 centavos de real), cobrindo os principais pontos turísticos da cidade – aproveite!
  • Metrô de Buenos Aires
    O pitoresco metrô de Buenos Aires.
  • O ônibus (bus) aceita cartão magnético ou moedas, e somente moedas (não há cobrador para voltar troco) – justamente por isso, não o utilizei nenhuma vez.
  • Táxi é barato, mas à noite eles ficam mais raros; se estiver em um restaurante ou balada e quiser voltar ao hotel, peça para alguém do estabelecimento chamar um táxi pra você.
  • Dispense os remis – táxis especiais, em que a corrida é prefixada -, esses são bem caros.
  • Todo mundo sabe dar informações com precisão (e quem não sabe já diz logo e não perde o seu tempo), contando as quadras e usando “esquerda” e “direita” em vez de “aqui” e “ali”, “sobe” e “desce”.
  • Eventualmente, podem tentar te responder em inglês ;)
  • (Quase) Todo café, padaria ou restaurante tem wi-fi grátis, basta pedir a senha.

Dia-a-dia

  • Os hermanos tratam os brasileiros com cortesia, portanto desarme-se contra eventuais preconceitos.
  • Aprenda o mínimo de espanhol – basta saber algumas expressões de civilidade e conseguir passar endereços para facilitar sua vida:
    • hola: oi
    • por favor: por favor
    • gracias: obrigado
    • buenos dias, buenas noches (“notches”): bom dia, boa noite
    • calle (fala-se “caje”): rua
    • cero, uno, dos, tres, cuatro, cinco, seis, siete, ocho, nueve: 0 a 9
  • Há vários kioskos (lojinhas de conveniência) espalhados pelo centro da cidade (e mais raros em outros bairros) que funcionam 24 horas por dias e quebram o galho com água, refrigerantes e guloseimas.
  • Tudo que você comprar lá e for de fabricação argentina dá direito à restituição de uma parte do valor pago em impostos (cerca de 10%) na saída do país; procure pelas placas “tax free” (ou pergunte para o vendedor), guarde os recibos e peça o reembolso no aeroporto, antes de voltar para o Brasil.
  • A voltagem em Buenos Aires é 220.
  • Nunca é lúpus!
    Feira de San Telmo.
  • As tomadas são diferentes, com três pinos chatos dispostos em forma de triângulo; veja se o hotel cede os adaptadores ou compre alguns em casas de ferragem ou camelôs  – dois adaptadores custam 5 pesos.
  • Não tente passear na Florida ao meio-dia  ou no fim do expediente – trata-se do coração financeiro da cidade e os pedestres acabarão atropelando você se estiver em passo de turista, exatamente como na Avenida Paulista.
  • Não adianta sair do hotel cedo pra bater perna: o comércio começa a funcionar depois das nove, principalmente depois das dez da manhã; em compensação, fica aberto até tarde.
  • Também não vale a pena sair pra jantar muito cedo; os porteños vão se preocupar com a jantadepois das nove da noite.
  • Se quiser muito ir a determinado restaurante, faça reserva; se sair pra comer sem reserva, é melhor ter duas ou três alternativas.

Segurança

  • A cidade é tranquila, com baixos índices de violência, mas é uma metrópole – preste atenção à sua volta e não dê moleza com câmera fotográfica, nem caminhe com cara de bobo à noite.
  • Eu fui e voltei à noite de Puerto Madero à Calle Florida (por volta das 23 horas) a pé, sem qualquer problema, mas convém andar com passo acelerado nos trechos desertos.
  • Puerto Madero
    Puerto Madero
  • Por outro lado, alguns lugares ficam bem movimentados até de madrugada: Puerto Madero é um exemplo e a própria Calle Florida também.
  • Não troque dólares ou reais com o povo que fica no meio da rua gritando – há fortes chances de receber notas falsas; informe-se no hotel sobre a casa de câmbio mais próxima.
  • Procure ter dinheiro trocado para o taxista – eles também têm fama de voltarem notas falsas.
  • O mesmo vale no metrô, para não correr o risco de receber troco errado (faltando, claro).

Dicas válidas para qualquer viagem internacional

Praça Intendente Alvear
Recoleta, num sábado ao fim da tarde.
  • Informe o gerente do seu banco sobre a viagem para evitar que os cartões de crédito sejam bloqueados por uso incomum.
  • Leve sempre dois cartões de crédito, pelo menos; nem sempre a máquina do seu cartão preferido está funcionando.
  • Leve dinheiro vivo para pequenos gastos(especialmente de transporte e em feiras de artesanato); nem sempre é fácil encontrar um caixa automático e geralmente as taxas de saque são altas.
  • No aeroporto, antes de voltar para o Brasil, você pode trocar o dinheiro que sobrou por reais…
  • …mas evite fazer muito câmbio – a cada troca, você sempre perderá um pouco.
E a dica principal de qualquer viajante: quem converte, não se diverte! Aproveite a viagem dentro do seu orçamento, mas sem contabilizar cada centavo. (Se bem que, na Argentina e no Uruguai, o câmbio é muito favorável aos brasileiros.)
(Retirado do blog http://diadefolga.com)