Ex-sócio da BrT, Dantas será denunciado


O grupo de Dantas dirigiu a Brasil Telecom em parceria com fundos de pensão de empresas públicas e com o Citigroup.



A gestão da operadora ganhou notoriedade nos últimos anos em função de uma disputa entre seus sócios.



A briga entre Dantas, os fundos de pensão e o Citigroup só terminou este ano, com um acordo entre as partes para vender a companhia para o grupo Oi. A aquisição, no entanto, ainda precisa ser aprovada pela Anatel.



Durante o período em que lutou pelo comando da BrT, Dantas foi acusado de espionagem e, em 2005, teve seu nome envolvido no escândalo do Valerioduto.



Procuradores suspeitam que Dantas matinha relações financeiras ilegais com Marcos Valério, por sua vez acusado de operar um esquema de financiamento de partidos políticos ilegalmente.



Esta semana, Dantas foi preso durante uma operação da Polícia Federal. O Ministério Público acusa Dantas de movimentar quase US$ 2 bilhões entre os anos de 1992 e 2004 com o Opportunity Fund, uma offshore com representação no paraíso fiscal das Ilhas Cayman, no Caribe.



Dantas foi preso no Rio, juntamente com sua mulher e irmã, sócias em suas empresas.



Nesta quinta-feira (10), Dantas foi solto por decisão do Supremo Tribunal Federal. O STF entendeu que a prisão de Dantas era justificada por poucas horas, apenas ao longo do período em que a PF recolhia provas.



O delegado responsável pela investigação que prendeu Dantas, Protógenes Queiroz, acusa o banqueiro de diversos crimes, entre eles de tentar subornar policiais.



Os advogados de Dantas contestam as acusações e dizem que o banqueiro é vítima de perseguição.