quarta-feira, 23 de julho de 2008

OAB-RJ faz ato contra colarinho branco. "Hora de somar esforços", diz Britto

OAB-RJ faz ato contra colarinho branco. "Hora de somar esforços", diz Britto




Brasília, 22/07/2008 - "É preciso que todos se unam no combate à corrupção e ao seu especialista maior: o corruptor nato. A hora é de somar esforços ao combate a este tipo específico e grave de corrupção". A afirmação foi feita hoje (22) pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, ao elogiar a iniciativa da Seccional da OAB do Rio de Janeiro, que realizará na próxima quinta-feira (24) um ato público em defesa da ampla investigação de todos os crimes de colarinho branco no Brasil. O ato público, sob a condução do presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, será realizado às 11h no plenário Carlos Maurício Martins Rodrigues, na sede da OAB do Rio.



Além de Cezar Britto, estarão presentes ao ato o ministro da Justiça, Tarso Genro, o conselheiro federal da OAB pelo Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Levenzon, que coordena o Grupo de Trabalho na OAB encarregado de estudar propostas para uma campanha nacional contra a corrupção, e representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e de demais entidades representativas da sociedade. O ato público se dará em apoio à recente posição divulgada pelo Conselho Federal da OAB, de defesa à instalação imediata, no Congresso Nacional, de uma CPI do Colarinho Branco. Este seria o ponto de partida para que a sociedade brasileira sele um pacto nacional contra a corrupção.



"O Conselho Federal apóia, estimula e estará presente no ato que será realizado pela OAB-RJ, que se soma à iniciativa daqueles que querem a instalação de uma CPI para combater o crime do colarinho branco", afirmou Cezar Britto.



Ainda para o presidente nacional da OAB, o crime do colarinho branco no Brasil nunca mereceu um combate real e de fato, contentado-se, as autoridades públicas, não raro, à mera especulação midiática. "Condenações temporárias de pessoas que cometeram crimes dessa natureza somente servem para aumentar a sensação de impunidade no Brasil, divulgando-se a equivocada lógica de que a Polícia prende e o Judiciário solta".



Já na avaliação do presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, os crimes de colarinho branco são, claramente, um fator desproporção do sistema político brasileiro, pois têm conseqüências sociais graves. "Milhões de reais são desviados para atividades ilícitas e para a corrupção, ao invés de serem revertidos em prol da educação, da saúde e do saneamento básico", afirmou Damous. "Os poderosos que cometem crimes também estão sob a investigação policial, também merecem os rigores da lei".

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